Acabo de descobrir de onde vem minhas dores. Talvez fosse algo que eu não queria expor, e guardei, tentando não me machucar ainda mais. Uma defesa.
Minha dor é de saudade. Mas não é uma saudade saudável; é uma saudade dolorida.
Uma dor decorrente de uma separação sem escolha; de um rompimento de vínculo sem consulta prévia. Eu nem ao menos fui comunicada.
Quando percebi, já tinha perdido. E o que restou foi a marca da ausência.
Sinto falta de quem um dia me fez tanto bem, e me fez crescer a amadurecer na fé. Me aproximou de Deus.
E em contrapartida, depois disso se distanciou de mim; pra nunca mais dar notícias.
Não sei o que fiz, mas perdi. Perdi um amigo, perdi uma companhia, perdi uma força, perdi uma parte dos motivos de sorrir.
Perdi um pouco de amor, que deixei que ele levasse consigo. Daí em diante não sei o que foi feito desse amor. Talvez esteja guardado em um baú de lembranças que poderá nunca mais ser aberto ou aberto tarde demais.
Saudade das palavras. Saudade das verdades. Saudade do sentimento. Saudade da troca. Saudade do meu amigo, que me deixou.
Ainda mais triste é saber que não estamos tão longe assim... mas ele faz essa distância maior.
Antes não havia distância nem falta de tempo que impedisse um simples "oi, como você está? me fale do seu dia".
Isso era tão importante para mim. E se foi.
Você se foi da minha vida, e deixou um vazio enorme.
Talvez um dia a gente volte a se encontrar... ou talvez eu viva sempre na amarga dúvida de tê-lo magoado, ferido... ou se nada fiz.
Enquanto isso tortura-me essa dor de perder quem chamei de "Melhor Amigo", título que antes nenhum outro havia recebido.
Sinto saudades. E qualquer lembrança da perda me parecem uma tempestade.





Meu Deus, protege esse amigo que amo. Que a saudade que sinto chegue até ele como um leve toque do amor divino que existe entre nós.