Era uma noite escura, sem muito o que fazer, até que ele percebeu que de nada adiantaria estar em casa trancado, se lamentando da vida.

Então resolveu sair sem destino certo, apenas sair, e observar o movimento daquela noite calma.

Com o menor passo dado, uma chuva começou a cair; ele ainda pensou em voltar para casa mas algo lhe chamava para ir além, e continuar.

E lá foi ele, e uma alegria começou a invadir seu coração, lhe trazendo uma enorme paz.

De repente, começou a ouvir uma canção, vindo de algum lugar, e não hesitou: cantou junto; e dançou...

Para quem visse de longe, parecia um bobo, mas ali estava sendo o mais feliz possível, sendo ele mesmo, vivendo o seu momento, na tranparência da pureza.

Nunca havia sentido-se assim, mas foi feliz em sua escolha de aproveitar tal momento.

Desde então, a chuva e a música tem sido suas companhias exatas. E é muito feliz.

O que de fato a humanidade necessita é perder os medos, encarar as chuvas, e intensificar a alegria, provocando a felicidade. Não há grandes segredos na vida, apenas esse.

Quando se está na chuva, é pra se molhar, e não para se esconder. A vida precisa ser encarada de frente e ser vivida em sua totalidade.