Sentia-se só, em completa distração com o mundo. Nada fazia muito sentido. As horas passavam dia após dia e não enxergava muitos espaços em processo de mudança. Mas havia muita mudança naquele espaço; talvez não visível, talvez, talvez, talvez. Cansada de não ver nada à sua frente, ergueu os olhos e viu o desconhecido. Aquele lugar, sempre tão seu, agora exalava um ar de desconhecimento. Já não sabia aonde pertencer. Tinha sede, muita sede, queria mudar. Só não percebia que a mudança era silenciosa e já acontecia, dentro de si, em cada esquina de sua alma.

Magda Albuquerque