Ela
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Ela. Ela cheira a liberdade, tem vontade de conhecer o mundo, mas enquanto isso não acontece, conhece o mundo dentro de si. Ela sorri facilmente, principalmente se um cachorro cruzar seu caminho e olhar pra ela com doçura; sorri também quando acorda, quando se sente amada, quando se sente inteira. Ela tem um mania de querer encontrar sentido em tudo o que faz, e entendeu ao longo dos dias, que isso é o que a mantém viva - O Sentido! Enxerga as grades como pequenas janelas a serem abertas e se surpreende quando vê que se transformou em porta aberta, escancarada, assim como seu sorriso. Ela descobriu que é cheia de coragem, mesmo sentindo um medo danado de enfrentar os desafios, as coisas novas. Já quebrou a cara, se magoou, ficou triste, chorou pra caramba, mas em meio a essas dificuldades se entendeu, e vem amadurecendo com cada eventualidade vivida. Ela tem uma relação interessante com a solidão; em alguns momentos elas se esquecem, outras não se desgrudam, parece que aprenderam a se amar, e entender em que momento chegar e partir. E por falar em partidas e chegadas, aos poucos foi entendendo que as pessoas precisam chegar na vida dela, mas também tem o direito de ir embora, sem maiores problemas; só não gosta quando vão embora sem avisar, afinal ninguém toma o coração do outro nas mãos e vai embora sem devolver o pedacinho roubado. Tem uma paixão pelo céu, e por isso não passa um dia sem parar ao menos um momento e observar o azul, as nuvens, a luz, o sol, as estrelas, a lua, e vez ou outra se atreve a fotografar. É fascinada pelas letrinhas que juntas contam histórias ou que só encantam, e por esse motivo vem acumulando palavras lidas e ainda não lidas em seu quarto; tantos livros e o desejo de ter sempre mais, que não tem fim. Tem paixões desenfreadas por coisas simples, desde uma canetinha colorida, um papel colorido, até uma almofada fofa, e gatinhos fofos se enroscando nas pernas. De vez em quando sente uma saudade tão grande de pessoas e tempos passados, e vez ou outra dói, mas mesmo assim continua firme, inteira. Ela se incomoda profundamente com palavras mal ditas e grosseiras, pois entende que o que se diz ao outro tem sempre que ser baseado em amor, em cuidado, em respeito, e nada disso permite grosseria, e preza sobretudo pelos silêncios; sendo assim, abre mão de si e pede que a paciência tome a frente do que a desconforta. Ela é cheia de vida, e aguarda sempre o próximo dia, para se reencantar e descobrir novas coisas e pessoas. E ela... Aaaah, ela sou eu!
Magda Albuquerque
2 comentários
Que seja sempre assim Magadinha!
ResponderExcluirVi o reflexo daquele outro texto aqui! Amei.
Beijo.
Owm Sweet Nana, tem reflexo daquele texto sim, e da história que contei pra vocês no zap zap. Tem umas coisinhas que ando sentindo e passando.
ResponderExcluirO que importa é estar aqui, seguir e ter gente linda por perto (mesmo o perto às vezes ser longe).
Beijo, meu bem, e obrigada pelo seu carinho, viu? É importante demaaaaaais!