Vinte e Cinco

08:30


Vinte e cinco anos. Sei lá quantos dias isso significa, ou quantas horas. Conto meus dias pelas experiências vividas. Hoje completo 25 anos, e olho para esses algarismos com um sorriso distinto em meu rosto, encarando uma felicidade gigante em chegar nesse ponto da vida. Não que os números em si signifiquem algo, mas tudo o que vivi até agora grita em mim com uma leveza indescritível.
Durante muito tempo vivi o que me era indicado, imposto, solicitado, sem me perceber em meio a tudo o que acontecia. E até certo ponto me negligenciei enquanto ser que pensa, deseja, falha, acerta, e tudo o mais que me caracteriza humana. Mas em dado momento me percebi! E me perceber implicou em uma série de mudanças, dentro e fora de mim. Mudei (e vou continuar mudando) completamente, e não só a aparência nem só os sentimentos, é um conjunto. Olhei pro meu corpo, pros meus desejos, pros meus sentimentos e permiti que se conectassem e juntos me transformassem em uma pessoa que ainda não me dava conta de que já me tornara: uma mulher, de fato.
2014 pra mim tem um significado importante, de mudanças e transformações inevitáveis, que me fizeram sentir posse da minha própria jornada. Afinal, se minha vida não fizer sentido pra mim, pra quem mais faria? Anos são marcos cronológicos, mas as experiências que acontecem em um ano são vitais e essenciais, são vivenciais. E olho para a idade nova que chega com uma sensação de grandeza, de expectativas e essa posse que descobri, da minha própria vida.
Hoje, faço-me mulher, em termos de conexão e apropriação de mim, e humana, no tangente à complexidade do que hei de ser e viver. Mas, ser mulher nesse momento da minha jornada significa sonhar e realizar o que há de mais essencial em mim, e não permitir (não mais) que os sonhos de outros possam se sobrepor aos meus. Sonhos que não se comunicam e se constroem juntos não valem a pena serem aproximados. Quero comigo quem seja capaz de lançar seus planos junto aos meus, e não acima deles, nem abaixo - Juntos! 
Com a certeza da inteireza que sinto, sigo agora essa idade nova e a expectativa das experiências que ainda serão vividas, e a convicção de que o tempo para mim é essência e não urgência. Que os anos me tragam sentimentos plenos como os que tenho vivido e a não passividade diante do que sinto e desejo, pois devo me aproximar do que me difere, do que me torna distinta, para que minha jornada não seja silenciosa, mas de inquietude viva.

E, diante de tudo, eu desejo mais complexidade nas minhas vivências, pois são elas que me tornam leve e inteira.

Magda Albuquerque

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