Meu caminhar sempre foi traçado por inúmeras escolhas. Umas foram muito bem pensadas, outras simplesmente arrisquei. Umas foram felizes, outras infelizes. Mas foram minhas escolhas que o fizeram e assim tem sido desde que me percebo em relação à minha própria história. Algumas vezes busquei apoio, conselhos e outras vezes assumi todos os riscos e meti a cara. Tudo isso me fez mais inteira e consciente.

Com essas experiências amadureci, e passei a dar passos mais firmes e seguros, ainda que em terrenos incertos, acidentados. Não me arrependo. Cresci e continuo crescendo. Mas a insegurança a as incertezas sempre bateram e continuam batendo em minha porta. Por isso, quando o caminho parece ainda mais incerto, paro e repenso todo o caminhar, avalio os erros e acertos. Sei que não estou livre de quebrar a cara (já quebrei tantas vezes) e ainda com a amadurescência não consigo evitar os danos vitais.

Hoje, me vejo cercada de situações que me sufocam, que me travam, me prendem, me fazer perder as forças, os sentidos e até a minha coragem de desbravar o mundo inteiro. É, sei que tem algo errado acontecendo. Não me reconheço nessa forma de pensar e agir, tão cansada, tão fragilizada e sentindo a tensão dominar meu corpo. Sentir esse aspecto da vida me causar tantos danos me fez parar o ritmo acelerado e impensado que andava seguindo. As escolhas já não estão sob meu controle. Estou cansada.

Avalio tudo o que me mobiliza, positiva e negativamente e percebendo minha fonte de estresse e agonia, opto por dar um passo pra trás, abdicando de uma escolha sonhada, mas que hoje (em meio a esse turbilhão) não faz sentido e não dou conta. Escolho recuar, carregada de receios, mas certa de que o que faço hoje é em nome de algo muito maior que conquistarei. Como uma amiga me falou dia desses: dar um passo pra trás para dar dois pra frente.

Assumo que preciso para um pouco, me permitir respirar, uma suave nuance de tranquilidade, para recuperar o fôlego e buscar mais algumas novas escolhas. Pois uma coisa é certa: não tenho medo de buscar o melhor pra mim, mesmo que existam muitos limites que estão fora do meu alcance e eu precise me submeter a eles (ao menos por agora). Eu assumo todo e qualquer risco, mas não posso me perder no meio dessa tempestade. Ela há de passar, seja hoje, amanhã ou daqui a um mês. Ela vai passar.