Maria é uma mulher simples, que vive no sertão pernambucano, dona de um sorriso marcante, ainda muito jovem. Oferecia cada como sacrifício em nome do amor que um dia escolheu viver. Mãe de três filhos, tendo que criá-los sozinhos, desde o "sumiço" de seu marido, não se deixava abalar com as dificuldades. Impossível não olhar nos seus olhos e perceber que ela, como mãe e batalhadora que é, não esquece em nenhum momento do sentido de sua vida. Muitos, ao olhar para Maria, podem não ver sentido viver em meio a tantas dificuldades, mas ela responde a isso tudo com sorrisos, com a alegria de quem acorda de manhã, olha para o céu, joga água no rosto, e sorri agradecida por estar viva e ter força para cada dia. Ela, entre poucas pessoas, enxerga no mais simples o sentido de sua vida, e não quer duvidar; Maria tem certeza de que a vida é preciosa, e ela pode dar o seu melhor. Maria faz tudo com tanto amor que é de dar inveja. Quem não sabe o que é o amor não entende. Maria é o próprio amor. Na lavoura, em sua casa, com seus filhos, sendo solidária com os vizinhos, dividindo o pouco que tem... Ela enxerga na simplicidade a graça de sua existência. Não, ela não faz reflexões filosóficas. Maria toca no amor vivo, o amor simples, o amor que irradia. De sua casa, de seu coração, daquilo que ela entende, não há duvidas: O que seria do mundo sem Maria?

A todas as Marias, pelo nome ou pelo encanto de vida, semelhante. Que sejamos todas e todos, Marias.

Que tenhamos coragem de arriscar mais e regar muitas plantações, com o mesmo sorriso, com a mesma simplicidade.

Magda Albuquerque