A vida é como ela é, e eu vou sendo como posso

22:29


     Já passaram dias e mais dias, sem se dar conta da passagem do tempo? Já tiveram a sensação de que o mundo corria lá fora, mas dentro de você, do seu mundo, nada passava? Pois é, estava me sentindo assim. Estamos no fim de fevereiro, mas há poucos dias parecia que eu estava vivendo em câmera lenta, quem sabe até stand by, e o tempo corria acelerado, mas as milhões de coisas que eu tenho para dar conta em pouco tempo estavam escanteadas, sabe lá Deus o por quê. E para essas situações da vida, a sincronicidade dá conta de fazer tudo acontecer para que o despertador da consciência toque, e não tenha pena de acordar em meio à madrugada desnorteadora; esse despertador não erra, é preciso.
      Foi então que me deparei com uma situação nunca esperada, uma confusão desmedida vinda de interpretações alheias de atitudes que deveria tomar, pois única e exclusivamente, eu sou a pessoa errada na história, por algo que, sinceramente, eu não tenho nada a ver, mas tudo bem. E é nesse momento que a vida desperta, em um alerta: reage, mulher, não há conto de fadas, e a vida está passando, viva! A situação em si não vem ao caso, mas aqui penso sobre os lampejos seguintes.
    Desatinei a pensar em como estamos fadados a não ouvirmos as pessoas, e rapidamente concluirmos todo e qualquer incômodo de acordo com a visão ínfima que temos dos fatos. Tudo é tão amplo, tantos sentidos e significados, tantas vidas e olhares envolvidos; nada nunca é "isso e pronto"; sempre há uma possibilidade de enxergar de uma forma diferente. Corremos o risco de perdermos o bem mais precioso da nossa jornada, que são os encontros, entre vidas e pessoas, simplesmente porque não buscamos enxergar o que mais existe em cada coisa que nos acontece.E diante de toda a situação, me vejo fortalecida, principalmente pelo fato da minha relação comigo mesma, que se encontra em um momento tão bacana; corpo e psique se comunicam e crescem de forma inteira, sem pressa, mas notável.
      Chego à conclusão de que de nada nos importa sermos e atendermos ao que se espera de nós; somos aquilo que devemos e podemos ser, e tomo como minha verdade com propriedade, de que continuo amplificando o meu olhar, sobre mim, o outro, e o próprio mundo - a vida. A consciência manda lembrança e eu cresço, certa de que "vou mostrando como sou, e vou sendo como posso, jogando meu corpo no mundo, andando por todos os cantos/ e pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto", e é isso que importa.

Magda Albuquerque

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2 comentários

  1. Magada, meuamô!
    Que maturidade é essa minha flor? Me ensina?
    Vivo sendo atropelada pelos dias e tarefas também, mas ainda não alcancei essa serenidade de afirmar que tô fazendo como posso. :(

    Que eu aprenda com suas palavras e reflexões.

    Beijo da Nana :*

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  2. NanaLiiinda!

    Então, mulher... A vida foi me amadurecendo, mas nem sempre consigo chegar nessa reflexão e me tranquilizar tão rapidamente não. Às vezes é sofrido, mas continuo tentando.
    Tente! A gente sempre faz como pode!

    Beijos coisa liiiinda!

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