Inquietudes

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Ultimamente ando me sentindo absurdamente ansiosa. Não no sentido crítico da palavra, mas ainda assim bastante ansiosa. É que descobri que a vida pode seguir conforme o caminhar, sem necessariamente seguir todos os planos. Na verdade, os planos estão sendo refeitos e começo a vislumbrar uma realidade distante muito mais perto. Então daí vem o desejo de que aconteça, e que seja logo, para que o coração possa enfim ser calmaria.
Mas estranhamente essa ansiedade toda tem me trazido pra mais perto de mim, de quem sou e que desejo ser da maneira mais verdadeira possível. Quero ser um par comigo antes de tudo e esse encontro com meu reflexo, com minhas verdades, tem me feito um bem danado. É que pra mudar a gente primeiro precisa se encarar com toda a verdade que existe, olhar pros medos e anseios, pras potencialidades e fragilidades, reconhecer o que dói e machuca, perceber as inquietudes, e isso não é uma tarefa fácil. 
E almejando as mudanças necessárias (interiores e exteriores) consigo me observar tão bem nesse caos, que em muitos momentos nos últimos dias, eu silenciei e contemplei a série de pensamentos que surgiam e iam embora. Uma infinitude de perguntas sem respostas e ideias de algo ainda distante. Mas nessa viagem ansiosa, me deparei com o de mais simples poderia: meu silêncio necessário. E assim pude e posso me reconhecer muito mais, compreendendo um pouco desse tanto que sou e dessa forma dar passos, seguir caminhos, ainda que o caos da desordem instável da mudança me confronte. Sei que preciso passar por isso para encontrar a maturidade do caminhar da minha vida. 
Quero acalmar esse coração que pulsa ansioso, mas quero mais que tudo, viver essa inquietude de viver que só vivendo verdadeiramente, posso sentir. E eu sinto. Sinto.


Magda Albuquerque

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