Todo ano é a mesma coisa. Chega o Natal e lá vem a Síndrome de Simone. Todo o comércio joga na cara da sociedade: 'Então é Natal, e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez'. Clichê? Com certeza. Mas é tempo também de sentir a energia que nos movimenta nesse período. Muitos corações são tocados pela generosidade, pelo desprendimento, leveza... E eu considero isso muito válido e necessário. Porém, defendo a ideia de que o que fazemos no Natal, seria muito mais interessante se pudéssemos viver o ano inteiro. Lembrar do outro ao meu lado não é uma questão de data, mas uma questão de humanidade. Mas, cada um segue seu ritmo e isso é muito genuíno.

Como quase todo mundo, eu também me disponho à reflexão, com a pretensão de observar tudo o que foi feito durante todo um ano. E, claro, observando o que me aproxima e o que me distancia do que verdadeiramente sou. Eu tenho um Sentido maior para todas as coisas, e é isso que desejo que permaneça. 

Faço pedidos, agradecimentos, levanto as mãos aos céus, parar celebrar a vida, as conquistas, as dificuldades, os desprazeres, as descobertas.

E que o Natal seja de Luz, verdadeira e silenciosa. Deixemos os alardes para o Carnaval.


Magda Albuquerque