Meus 20 anos

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Hoje: 6 de dezembro de 2009. Há exatos 20 anos eu nasci. E nessa data presente tenho tanto o que lembrar e pensar, e sorrir. Bem, tentarei ser breve. Quando nasci, fui da família o xodó, pois fui a primeira neta de ambas as partes, a primeira menina. E como já se é previsto, fui muito mimada e dou graças a Deus por isso, embora me recorde praticamente nada dos meus primeiros dias. Só sei que já nasci sendo amada. Como sempre digo, nasci de enxerida por que a minha querida mãe não poderia mais ter filhos pois era perigoso até para sua vida. No entanto, Deus insistiu em me mandar, e nada ruim aconteceu nem a mim, nem a ela. Nasci com saúde! Feinha, mas com saúde. Aquela pele avermelhada e os cabelos arrepiados que vejo nas fotos não era nada favorável à minha beleza. Passada essa parte, recordo do que as pessoas dizem, que meu avô Paulo (que eu não me lembro nada dele, pois Deus o chamou para com Ele estar mais cedo) me mimava e me empanturrava com tudo o que era guloseima que o povo passava vendendo. Vovó Noemia me chamava de Gorduxinha, às vezes. Ah, como eu até hoje amo esse apelidinho. E o quanto enriqueceu a minha vida ter alguém como ela pra me amar, me orientar, me proteger, assim como aquele amor que a gente sabe que Maria tem. Sim, as mães e as avós são como Maria, em tudo. Bem, fui muito paparicada e cresci assim. Sempre gostei de ir à escola, surpreendia pelo fato de me adiantar nas coisas. Não estou me gabando, mas como estou falando da minha vida, tenho que lembrar isso também, por que foi o começo que me levou a ser o que hoje sou. Comecei minha paixão por leitura muito cedo, e quem me conhece hoje, sabe que essa é uma verdadeira paixão que tenho; praticamente devoro os livros e adoro todos. Sempre tive grandes amigos, mas mudei meu círculo algumas vezes, com algumas mudanças na vida. De certa forma, foi muito bom. A cada novo amigo, um novo aprendizado, uma nova oportunidade de me engrandecer como pessoa. Isso é fato, por que sei que amigo que é amigo, vai me elevar sempre; amigo não diminui, cresce junto. E assim fui firmando minhas amizades. Perdi algumas pessoas na minha vida, e até hoje sinto saudades! Aquela mulher que falei, que me amou tanto, vovó Noemia, foi embora para junto de vovô e de Deus, pra de lá proteger toda a nossa família; e o que me dói é que eu sei que poderia ter feito tanta coisa a mais com ela, por ela; mas sei que ela sabe o quanto a amo e sempre vou amar. Perdi também alguém que chamo de tio até hoje, apesar do fato de que não seja tio diretamente, mas tornou-se e eu cresci sendo sobrinha dele: tio Paulo, sim, ele não poderia faltar na minha história. Nunca esqueço dele, e como amanhã (7 de dezembro) seria o aniversário dele, hoje, comemoro por nós dois. Sim, comemoro porque ele vive no meu coração. Para quem ama, ninguém morre, apenas parte um pouco antes. Dentro desse contexto de amor e de perda, também perdi minha bisavó, Helena, cujo nome darei à minha filha e isso é fato. Guardo até hoje as coisas que ela fazia pra mim. São grandes saudades que apertam meu peito e enchem meus olhos de lágrima, mas deixam a certeza de que entre nós existiu a mais bela forma de amar. Falando de pessoas, tenho tantas pessoas importantes a falar. Devo primeiro agradecer aos meus pais por esses 20 anos de paciência, de compreensão, de confiança, de perseverança, de crença, de doação, de dedicação, de AMOR enfim. Tudo o que sou devo a eles, e tudo o que serei é dedicado a eles também. Não posso dizer quem sou sem dizer que eles foram primeiro, e me fizeram ser. São as maiores riquezas da minha vida: Milton e Aécia, nomes que tenho tatuados dentro do meu coração. Tenho um irmão mais velho, Allan, que é muito chato (como todos os irmãos), mas que por ele eu daria meu sangue, afinal todos passam, e a família permanece sempre. Tenho tios e tias maravilhosos, e tios por conseqüência não menos especiais: tio Aglailson e tia Conceição, Tio Henrique, tio Fábio e tia Silvânia (que vai ser tia sempre, do mesmo jeito), tia Janaína, tio Careca, e tia Magali. E esse povo todo me deu um monte de primos: Jefter, Joás, Jonatha, Paulinho, Shermann, Steffanie, Luquinhas e Clarinha. Bem, amo todos, muito mesmo, mas devo falar especialmente desta última, a mais nova e que se torna tão especial. Bem, Maria Clara é minha afilhada, e desde o momento em que recebi o convite para ser madrinha dela que minha vida ficou diferente: ela torna as coisas tão mais felizes, com um sorriso aberto, sincero, olhar de amor mesmo; e eu a amo como se ama um filho. Não tenho filhos pra saber, mas como madrinha é como mãe, ela é como uma filha. E a família cresce e já vem uma nova geração, Gabriel que nasceu esse ano, filho de Steffanie e é uma criança incrível de tão feliz e simpático, um verdadeiro tesouro. Minha avó Marina não poderia faltar aqui, pois também é um exemplo para o meu amadurecimento e crescimento desses anos. Ela é um amor que jamais morrerá e encontro no seu abraço um conforto que sou capaz de nomear. Avó tem dessas coisas mesmo. Devo voltar a falar dos meus amigos! Com certeza, os amigos que tenho hoje, são a certeza de um céu na terra. A cada dia, a cada momento, a cada sorriso, a cada conversa, a cada abraço, a cada silêncio, a cada troca de saber, a cada alegria, me sinto uma pessoa feliz. Deus é extremamente generoso para comigo, e todos os amigos que Ele me deu são mais e mais presentes. Cada vida que passa pela minha, que cruza o meu caminho e que permanece gravada no coração e na alma, me fazem evoluir e ter mais certeza do que sou. E a esses amigos também tenho que agradecer, por que em muitos momentos foram eles que me sustentaram quando eu pensava em cair; foram ombros fortes, ombros amigos. E minhas maiores alegrias também tem contribuição deles. Prefiro não citar nomes, por que sempre esqueço alguém, mas quem é, sabe do que falo, e sabem que longe ou perto, estamos sempre juntos. Hoje, acabo de terminar o 6° período do meu curso, Psicologia. Nossa, falar de Psicologia na minha é falar de realização. Acho que todos tem sonhos, mas quando se tem a chance de torná-los reais, é tanta alegria que não cabe no peito. Como eu sempre falo, esse curso é mais que uma formação acadêmica, é uma forma de vida, e a garantia de que serei uma pessoa mais humana, mais preocupada em se doar ao outro, sempre. Princípio cristão e profissional que se fundem e que me fazem grande. Se Deus quiser, vou trabalhar muito e ser útil na vida de muitos. E nessa caminhada de vida acadêmica conheci pessoas que jamais as esquecerei, fiz grandes amigas e que são mais motivos para sorrir sempre. Já passei por tantas fases, tristes e felizes, já quebrei a cara, já me surpreendi, e hoje me considero imensamente feliz. Sou grata por tudo o que me aconteceu, até pelos sofrimentos, por que me fizeram amadurecer em dobro. Nesse pequeno texto, inúmeras vezes citei a palavra Alegria e essa é a essência da minha vida, que transmito a todos com meus sorrisos e risadas que marcam a minha imagem. E gosto de ser conhecida por isso, pela alegria. E por tudo isso, a quem devo agradecer? À Deus, sempre. Sou grata pela vida, pelas pessoas, pelas histórias, pelas vitórias, pelas batalhas, pelas brigas, pelos abraços, por tanta coisa. Mas devo agradecer por que simplesmente eu O encontrei, e busco me reencontrar todos os dias, apesar das minhas falhas humanas. Mas é Ele que me preenche a qualquer momento e que não me abandona jamais. Hoje, nesse dia que faço exatamente 20 anos, apenas agradeço e deixo nas mãos dEle o que virá. Que eu possa ser sempre mais do que sou hoje, que eu possa amar mais. Sem medo de ser feliz, eu vou seguindo em frente, por que a vida tem que ser aproveitada, sempre. E que venham mais anos de vida, e que sempre haja amor para viver.

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