PsicoFlores: Postagem Coletiva

A letra A

Quando somos crianças, sonhamos com o momento em que vamos crescer pra fazer uma série de coisas que a infância não permite. E isso é um pensamento tão comum que dá pra generalizar. E na adolescência então... Ô agonia pra que venha logo a tal independência.

Mas o que a gente precisa saber é que cada fase é tão importante quanto a outra. Ser criança é incrível, ser adolescente é confuso mas é muito bacana, e ser adulto então, eis uma das maiores descobertas da vida.

Se adulto não é estar pronto para nada e ainda assim encarar tudo - a gente vai enfrentando o que aparece no caminho e vai crescendo! Responsabilidades batem à porta e o amadurecimento é necessário, porque não podemos encarar de qualquer jeito o que acontece em nossas vidas, porque a vida é algo tão precioso e não dá pra deixar tudo acontecer sem cuidar para que possamos nos apropriar de uma história que é tão nossa.

Outra coisa que penso quando penso nessa coisa de ser adulto é que a percepção de que não estamos sós no mundo se torna mais clara e com isso nossa noção de respeito, cuidado, empatia e tolerância também. Preciso olhar o outro ao meu lado a partir desses aspectos e compreender que ali está outro ser humano e que em sua vida acontecem tantas coisas quanto na minha. E olhe... Nada é fácil pra ninguém. Me inquieto muito quando vejo que nada disso acontece nas relações. A gente precisa de alguém que nos olhe com esse cuidado, e nos respeite acima de tudo.

Além disso, com as responsabilidade que falei, vem as conquistas. A vida adulta nos permite ir em busca dos nossos sonhos, construir nossos caminhos... Correr atrás, sabe? E é algo de que muito me orgulho e me faz um bem danado: evoluir, crescer, conquistar. Isso alimenta minha jornada e me faz buscar sempre mais, ser sempre melhor (não melhor que ninguém, mas o melhor que eu puder ser).

E é tão lindo ver a própria vida tomar novos rumos e sentir que quem mais contribuiu pra isso foi Você! Tenho sentido um orgulho danado de me tornar adulta, reconhecendo minhas falhas, mas também valorizando meus acertos. Estou longe de nunca errar, mas estou muito perto de tentar e tentar e tentar, e tentar sempre. Eu gosto de brincar de gente grande.

Que a amadurescência da vida a adulta nos faça sorrir a cada dia, porque é o que a gente merece e precisa!

Magda Albuquerque

Este post surgiu de uma ideia coletiva pra falar sobre o tema, e pra conferir o que as meninas andaram falando é só clicar aqui: Algo para contar, da Babi | Palavras e Silêncio, da Fê | Pra todo dia, da Nana

BEDA 18/31

Meme

Meme: 5 amores platônicos famosos

16:29

A linda da Fê postou uma lista de tirar o fôlego no blog dela, de seus amores platônicos na ficção, e fiquei eu babando e fazendo minha lista mentalmente. A ideia surgiu no Rotaroots e eu resolvi aderir também. Seguindo a ideia da Fê, também vou listar aqui 5 coisas lindas que curto demais, e fazem parte de séries. Então, vamos à parte boa, né? Preparem os lenços pra enxugar a baba. Hahaha.

1. Dean Winchester

O cara deveria ser o irmão sem sentimentos, mais durão, mas é simplesmente o cara meio casca grossa que é o mais sensível, mais lindo, mais preocupado, mais safado, mais cínico, mais engraçado, mais família, mais gente boa, mais mais mais de Supernatural. Me ganhou nos primeiros episódios, por tudo isso, mas tem um episódio em especial que eu não poderia jamais deixar de postar pra vocês (não lembro qual o episódio exatamente, mas ao final da história daquele dia, simplesmente começa esse vídeo que surgiu durantes as bagunças no setting de gravação da série):

Agora me digam: É pra se apaixonar ou não? Muito amor nessa vida!

2. Damon Salvatore

Só pra dar um gostinho, quem no mundo acorda lindo desse jeito? Só o Damon, de The Vampire Diaries. Segue o exemplo do Dean, porque também tinha tudo pra ser o cara durão, o vampiro sanguinário, mais sem coração do mundo. Mas não, é um cara sensível, apaixonado, sarcástico, sedutor, galã e tal. Impossível não babar, minha gente. Vem ser lindo assim aqui em casa. Pelamor.

3. Klaus Mikaelson

Oh, no. Já está ficando estranho. Eu gosto dos caras que são os durões, mas de coração grande. Assim também é o Klaus, que começou sendo o vampiro delícia, mas completamente desumano, que na verdade é o vampiro original (sim, ele é 'o cara', da primeira família vampira of the world) em The Vampire Diaries, mas a receita deu tão certo que surgiu outra série, já ao final de sua primeira temporada, The Originals. E o Klaus tem bônus: a voz e o sotaque arrasam qualquer coração. Agora, como viver aqui sozinha? Hahaha.

4. Mark Sloan

Amanhã de manhã, vou pedir um café pra nós dois. ♫ ♬ Cof, cof, cof! Calma aê que tem mais. O Sloan (ou McSteamy) chegou chegando em Grey's Anatomy desbancando qualquer um e encantando com o jeito cafajeste, mas que depois se revelou um cara apaixonado, lindo, responsável. Um médico que mostrou que a cirurgia plástica pode ser muito mais do que estética, e que deixou uma saudade gigante por não fazer mais parte do elenco. Volta, coisa linda de Magda!

5. Nick Burkhardt

- Não, meu amor, não esqueci de você, mas o negócio começou a ficar difícil de escolher.

Mas tudo bem, cá está Nick, o detetive gente boa, determinado, cheio de mistérios que dá o ar da graça em Grimm (que é uma série que eu gosto simplesmente por ser inspirada nos Contos de Grimm que amo, e pronto). E sabem de uma coisa? Eu que me sinto cafajeste agora, tipo:

- Vem cá, vem, vem me investigar, detetive delícia, dos zóio bonito!

E então, curtiram minha lista? Quem ainda não fez, já pode fazer a sua e compartilhar comigo que tô doidinha de curiosidade pra saber os amores ficcionais de vocês e o que acharam dos meus.

Magda Albuquerque

Postagem Coletiva

#50 tons de rapidinha

23:38

do Amor

A casa é sua

14:07

Cômico

Minha vida não foi um romance

22:51

O povo no Elite Blogueira anda muito romântico e resolveu criar uma nova tag: Te trago mil rosas roubadas. A ideia é falar de loucuras de amor. Ok. Pensei que não teria nada pra contar, mas nada como revirar o baú de memórias. Vamos lá!

Minha história não foi bem uma história de amor linda e maravilhosa, mas amor romântico trágico e cômico tinha que ser a minha cara. Vergonha embaixo do tapete. Vamos abrir o baú de vez. Preparem-se!

Tudo começou no dia em que eu (como verdadeira irmã mais nova e enxerida) estava fuçando o quarto do meu irmão e achei um papel de uma conversa, que dizia mais ou menos assim: - Óh, não sei o que eu eu fiz pra tua irmã, que ela olha pra mim e vira a cara. O papel tava rasgado e não pude ler o resto, mas como curiosa assumida fui perguntar ao meu irmão. Se tratava de um carinha que fazia pré-vestibular com ele (que era no mesmo colégio em que eu estudava). Detalhe: Eu não sabia nem quem era a criatura. Mas tudo bem, ok, passou.

Como sempre fui uma pessoa fofa (ou não. rs), todo final de ano gostava de escrever cartinhas pras minhas amigas. Eis que resolvi escrever uma pro dito cujo, esclarecendo as coisas, e pedi pro meu irmão entregar. Grande foi minha surpresa quando recebi de volta uma carta enorme, escrita numa folha de A3, do começo ao fim. Fiquei completamente abestalhada. Na carta ele dizia que tinha ficado muito feliz com a minha carta e tal, e mais coisitas. Pronto. Daí surgiu uma linda amizade, regada a muitas cartinhas. Claro que sentamos pra conversar algumas vezes, rolava uns abraços maravilhosos quando nos encontrávamos e tal.

No decorrer das coisas, minhas amigas começaram a me alertar para o sentido das palavras nas cartas, que eu, desacreditada no amor, não percebia. Eu tive uma adolescência de decepções amorosas que foi trash. Mas tudo bem. Certo dia, ele me entregou uma carta, que falava de algumas coisas que ele sentia e tentava negar, e chegou no seguinte trecho: "cansado de negar as coisas que eu sinto, como agora tento negar que estou gostando de você". Neste momento meu queixo foi dar uma voltinha no pátio do colégio. Hahahaha. Não acreditei. Fiquei sem saber nem o que dizer. Não respondi a carta.

Grande foi minha surpresa quando recebi, no mesmo dia, uma outra carta, onde ele se declarava mesmo, e tinha escrita a letra dessa música:

A coisa mais linda desse mundo. Mas como minha vida nunca foi um romance, eu guardei a carta num fichário, que tinha uma parte aberta, e no caminho pra casa, perto da casa da minha amiga... (Para tudo!) A carta caiu num esgoto a céu aberto. Minha gente, caiu, simplesmente se foi. Fiquei passada, mas caímos na risada. Hahaha.

Passado o desgosto, óbvio que tivemos um breve romance, que começou no dia da Festa do Padroeiro da cidade. Foi a cena mais ridícula desse mundo. Eu, no auge dos meus 1,63cm, e ele em seus 2,01cm. Eu, em cima de um batente pra poder alcançar a criatura. Foi uma cena feia. Foi massa, mas foi feio. Eu não gostaria de ter visto alguém naquela situação.

Mas, como minha vida nunca foi um romance, o danado depois endoidou o cabeção e como estava muito focado em estudar para o vestibular que se aproximava, não estava disposto a assumir um romance para não perder o foco. Mentira danada, mas no final tudo ocorreu bem. Valeu, foi bom, adeus.

Para fechar com chave de ouro, anos depois eu descobri que o dito cujo agora investia seus afetos em outros homens. Uhu! Só pensei em uma coisa: que história mais doida. E é isso.

Fecho com versos de Mário Quintana: "Minha vida não foi um romance. Ai de mim, já se ia acabar. Pobre vida que toda depende, de um sorriso, um gesto, um olhar".

Magda Albuquerque

Postagem Coletiva

Carta a Odisnei

19:58

Odisnei, você foi o grande amor da minha vida, mas não apenas isso, me desgraçou, acabou com a minha alma e com meu coração. Lembro com saudade dos dias em que cantamos ao luar, I'm not dog no, e começávamos a juntar nossas muambas, e nossas escovas. Foi a melhor fase da nossa vida, Odi.

Mas nem tudo é como a gente quer, nem tudo pode ser perfeito, e chegou na nossa casa a maldita Kassandra. Kass (como costumávamos chamá-la) nos conquistou pelo bucho, arrebatou nosso intestino e nosso paladar com tanta gostosura que a desgramada fazia na cozinha. Como, alguém com uma mão tão boa com comida, poderia acabar com a minha vida desse jeito?

Nunca esquecerei do dia em que fui fazer o retoque da minha californiana, e acabei voltando um pouco mais cedo pra casa. Encontrei você, seu safado, com a Kassandra, juntos, fazendo bolinho de fubá. Como pode me trair desse jeito? Era algo nosso, só nosso. Eu devia ter percebido que isso indicava o que estava por vir.

Como se não houvesse sido o bastante, vocês, apunhalaram minha alma pelas costas, no dia do aniversário do nosso ajuntamento, Odi. Fiquei em casa, escondida, de propósito, porque sentia o cheiro da traição. De dentro do nosso guarda-roupa, vi tudo: você chegando de cuequinha de onça (bandido! foi um presente meu...humpf!), e a maldita Kass, carregando um copo de vitamina de beterraba junto aos seus (enormes) peitos. A cena mais aterrorizante da minha vida; aguentar isso calada foi uma tortura. Ver você abrir a minha gaveta de joias e pegar meu brinco de pena que compramos naquele hippie da praia da Popozuda. Como você foi capaz disso?

Vi Kassandra desforrar nossa cama, derramar a vitamina, agarrar você. Quanto absurdo! Quanta traição. Mas o pior foi ver o Wellinton chegar. Meu marido, me trair com a empregada e com o motorista, foi demais pro meu coração. Não aguentei. Tive que sair correndo, deixando vocês com as coisas nas mãos. Nem ousei ver mais nada daquela cena horrenda.

Tive que ir embora daquela casa, daquela situação. Mas o pior de tudo, meu Odis, foi voltar e ver que você não estava mais em casa, que tinha levado tudo, até a cueca de oncinha. Acabou com a minha vida, devastou meu coração. E a desgraçada da Kassandra ainda me roubou o soutiê de renda francesa. Que ousadia! Minha vida acabou naquele momento. Quanta traição, quanta ousadia, quanto abandono!

Só sei que amo você, meu caro Odis, meu amor, minha vida. Volte, não me deixe nessa solidão. Só não esqueça de trazer a cueca felpuda. Porque desde que você se foi, nunca mais tive vida. Volta, Odisnei, volta, pro meu coração.

Magda Albuquerque

P.S.: As conversas no Elite Blogueira estão cada vez melhores e fazendo surgir as melhores tags do mundo. #cartaaodisnei

Música

Meu passado me condena

20:33

Bem, chegou a hora de desenterrar o passado musical e contar pra vocês tudo o que já cantei, já dancei, etc. Tudo começou com uma conversa no Elite Blogueira, que foi de um francês até chegar em funk, não se sabe como. Acabou virando uma tag coletiva do grupo. E cá estou para revelar o que estava enterrado (ou não). Todo mundo deve ter começado com as dancinhas de escola, sejam elas quais forem. Aqui, era a dança das festas juninas. Ê beleza que era fazer par com o menino que a gente já tinha um querer. Hahá!

Mas vamos lá, ao que realmente interessa! Pra começar, tenho que citar que eu dançava sim, e muito, É o tchan. Lembram? Pau que nasce torto nunca se endireita, menina que requebra, a mãe pega na cabeça. Dançava de shortinho, ralava na boquinha da garrafa (escondido, porque se meus pais me pegassem fazendo isso, era bronca na certa, afinal, eu era muito pirralha). E devo dizer que até hoje 'É o tchan na selva' está aqui em casa, pra quem quiser comprovação. Hahaha. O melhor era juntar o grupinho das pirralhas e dançar, jurando que fazíamos parte do grupo É o tchan de verdade. A gente realmente acreditava que um dia seríamos loiras e morenas do tchan.

Nessa época acho que já existiam as Chiquititas. Jogue o primeiro comentário a menina que não cantava e dançava quando começava a novelinha: 'mexe, de ponta a ponta, essa é a dança do remexe... mexe, mexe, mexe com as mãos, pequeninas'. E juntar as amigas pra dizer: eu sou a Mili, eu sou a Dani, eu sou a Bia, eu sou a Tati. Há! Fiz muito, e me orgulho.

E boy band, minha gente?! Eu curtia MUITO. Backstreet Boys, Five, N'Sync, Westlife. Todas. Everybody, yeeeah! E era uma derroteira de pôster colado na parede do meu quarto, que pra pintar depois, ficavam os cotocos de papel pregados e minha mãe me fazia jurar que nunca mais iria colar (coitada da minha mãe). Tinha de tudo o que vocês imaginarem. E de quebra, eu fui adquirindo alguns fanatismos na adolescência. Preparem-se! Não é fácil assumir, mas, eu ERA LOUCA pelo KLB. Tipo, MUITO MESMO. Haha. Todos os cd's estão aqui em casa, também para comprovar que falo total verdade. Eu chorava ouvindo as músicas. Nessa época eu já sofria de amor, e cantava muito 'chalalalalá como eu quero te amar, te amar, te amar. haaa'. E eu interpretava que era uma beleza. Bons tempos!

Mas a melhor fase mesmo foi por volta da 5ª série, quando eu tinha um grupinho de amigas que faziam teatro, dançavam e tal. Foi a realização da minha vida. Pela manhã tínhamos aula, e as meninas moravam pertinho da escola e minha avó também. À tarde voltávamos para o colégio e ensaiávamos, pasmem, Spice Girls e BSB's. Juro que eu dançava MUITO, e até hoje penso em como eu era flexível. Rolavam uns mortais, twist carpado duplo. Hahaha. E isso durou muito tempo. Fui muito feliz nessa fase da vida.

Se for contar minha trajetória completa, vocês não vão parar de ler, porque eu tenho muita história com dancinhas pra contar pra vocês. Só pra resumir, minha vida vai de Chiquititas a Bonde do Tigrão. E sim, já dancei de tudo. Tudo, incluindo as vezes em que bati cabelo dando uma de Joelma morena ao som de 'cavalo manco, agora eu vou te ensinar, isso e muito mais você só vai encontrar no Pará'.

Meu gosto musical hoje, é seleto, e aos poucos fui desenvolvendo-o. Ouvir músicas é uma coisa que eu consigo distinguir bem, de dançar. Pra dançar, rola de tudo. Sempre gostei e continuo gostando de colocar músicas e ficar dançando sozinha em casa. Se vier Naldo, Bonde do Tigrão, Shakira, Backstreet Boys, ou o que quer que seja, tô dentro, até um sambinha gostoso. Pra quem já foi coreógrafa de apresentação de jogos escolares, isso é praticamente parte da vida. Haha.

E pra deixar vocês embriagados com tamanha façanha musical, deixo uma playlist delícia. Saboreiem as mais mais!

#desenterra

Magda Albuquerque

P.S.: Meu passado me condena, mas eu era feliz e não sabia.

Postagem Coletiva

Tudo o que eu sempre quis dizer

22:03

- Deixe seu recado após o sinal. (Mais uma vez a bendita secretária eletrônica me afirma o que já sei há bastante tempo.)

Tudo bem. Absorvo mentalmente a ideia e arrisco:

- Eu sei que você vê o telefone tocar, e até o meu nome marcado pela chamada - uma tentativa de conversar com você -, mas optou por não mais atender minhas ligações, nem retornar, ou responder minhas mensagens, ou e-mails. E eu já desisti de todos eles há um bom tempo. Mas ainda tentei ligar, uma última vez (talvez). Não quero que pense que todo esse tempo estava esperando que voltássemos a ser o que um dia fomos - um casal. Eu só queria um adeus, um suspiro, uma troca de palavras, notícias suas. Não acho absurdo querer saber de você, que um dia foi uma parte do que chamamos de nós. Nossos laços se desfizeram, se perderam? No início, pensava apenas que deixávamos de ser casal, mas que como pessoas civilizadas e maduras, ainda seríamos, ao menos, pessoas que se falam. Mas o tempo me mostrou algo tão diferente. Você simplesmente me deixou em abstinência de você. Eu só queria ouvir a sua voz me dizer que tudo termina sempre bem, me pedindo para ter calma naqueles dias em que só você me entende. Sim, no presente. Não coloco nossa história em completo passado. Afinal, ainda estamos aqui, vivos. Não quero retomar toda a agonia do término do nosso namoro; quero saber de você, quero falar com você. Não acho minha atitude e minha vontade, incoerentes. Eu amo você, de um jeito diferente, mas amo, e tenho vontade de saber como anda sua vida, o que tem feito, se está bem. Mas entendo que talvez sua opção seja totalmente contrária à minha. Entendo, e não aceito, mas posso compreender e fazer valer sua vontade. Eu só queria mesmo, dizer que o cuidado existe, e que o tenho por você. Desculpe a insistência, e de encher seu correio de voz, mas precisava me despedir de você, mesmo que você nunca ouça o que estou falando agora. Mas aqui deixo registrada, minha despedida, e a certeza de que você continua sendo importante na minha história, e que a nossa, não se perdeu nem se perderá no tempo. Aos poucos as coisas se ressignificam, se ajeitam, se transformam. Um beijo, meu bem. E que um dia, a gente se encontre, e possa se olhar e dizer: que bom que um dia conheci você!

Pensei mil vezes, mas nunca deixei esse recado. Nunca tentei fazer com que essas palavras encontrassem o seu destinatário. Nunca permiti que minha voz alcançasse aquele correio de voz. Apenas pensei. Mas não deixei o recado. E nunca soube o que aconteceu, nem onde tudo se perdeu. Nunca fui de muitas atitudes.

Desafio Blogueiro #038

Magda Albuquerque

Postagem Coletiva

Sem direção

22:08

Postagem Coletiva

E agora é

14:18

Postagem Coletiva

Sol

18:57

Desafio Literário

Desafio Literário 2013 - A lista

21:50

Todo ano eu acompanho algumas postagens de participantes do Desafio Literário (saiba mais clicando aqui, mas nunca ousei participar. Pois bem, como em 2013 minha meta é ler muito mais livros, me dedicar mais a esse prazer da minha vida, resolvi participar do desafio deste ano.

Para começar, então, aí vai a minha lista de leitura para o ano todo, seguindo os temas propostos:

Janeiro - Tema Livre

O milagre, de Nicholas Sparks.

Simplesmente porque é uma das minhas mais recentes aquisições e eu tô doida pra ler.

Fevereiro - Livros que nos façam rir

Férias, de Marian Keyes.

Li 'Um best seller pra chamar de meu', da mesma autora, sem dar nada pelo livro e foi uma leitura gostosa e divertida. Já ouvi relatos de que é um livro leve e também divertido, por isso o escolhi para meu fevereiro.

Março - Animais protagonistas

4 vidas de um cachorro, de W.Bruce Cameron.

Comprei esse livro e dei de presente ao meu irmão e minha cunhada, simplesmente porque o cachorro da capa é igualzinho à cadela que eles adotaram. Desde então fiquei com vontade de lê-lo, então essa é uma oportunidade pra isso.

Abril - Uma ou mais das quatro estações no título

A primavera da lagarta, de Ruth Rocha.

Desde que tive o módulo de literatura infantil na pós de Arteterapia e foi um momento tão bonito para o meu atual contexto de vida, fiquei com muita vontade de me dedicar um pouco a esse tipo de leitura. Desde então comprei alguns livros, mas ainda não os li. Nada melhor que essa ocasião para ler e mostrar um pouquinho disso pra vocês.

Maio - Livros citados em filmes

Tom Jones, de Henry Fielding (citado em Amor e Inocência) ou A abadia de Northangher, de Jane Austen (citado em O clube do livro de Jane Austen)

O primeiro eu simplesmente tinha ficado curiosa e achei a sinopse interessante. O segundo só pra dar continuidade ao meu amor por Jane Austen. De toda forma, escolhendo um dos dois vou estar no mesmo clima já que o primeiro filme conta a história dessa autora.

Junho - Romance Psicológico

Crime e castigo, de Dostiévski.

É um livro que há muito tempo tenho vontade de ler, e há uns meses achei uma edição antiga em um sebo e comprei. Desde então tá por aqui aguardando sua vez na minha estante.

Julho - Cor ou cores no título

Nascido em um dia azul, de Daniel Tammet.

Tenho esse livro e comecei a lê-lo, mas logo no início abandonei porque na época tinha muitas leituras da faculdade a realizar.

Agosto - Vingança

Se houver amanhã, de Sidney Sheldon.

Sou doida pelo autor e não é de hoje, e também tenho esse livro aqui, mas nunca li. Como não tinha ideias para o tema e esse era uma das sugestões, acolhi com vontade.

Setembro - Autores portugueses contemporâneos

Cemitério de pianos, de José Luís Peixoto.

Corri pras sugestões e fui instigada pela sinopse. Escolhido.

Outubro - Histórias de superação

Hoje eu sou Alice, de Alice Jamieson.

Há muito tempo morro de vontade de ler. Além da sinopse instigante até demais, alguns amigos já leram e indicaram.

Novembro - Livros que foram banidos

A cor púrpura, de Alice Walker.

Sempre tive vontade ler, e também de assistir ao filme. Esse estava nas sugestões, e resolvi encarar.

Dezembro - Natal

O Clube do Biscoito, de Ann Pearlman.

Simplesmente porque estava na lista e gostei da sinopse.

Bem, é isso. Espero conseguir acompanhar o Desafio. Estou empolgada desde já. E vocês, também vão participar?

Magda Albuquerque

Postagem Coletiva

Então é Natal

12:57

Postagem Coletiva

Uma fotografia e muitas lembranças

22:32

Cômico

A primeira noite de quem ama

23:41

Casais apaixonados tendem a sonhar com a primeira noite juntos. Mil fantasias e planos são visitados e revisitados, com a intenção de projetar uma noite especial, para ambos. Alguns planejam romantismo, outros sacanagem, mas enfim. O que quase ninguém para pra pensar é que são duas pessoas que se conhecem, mas a intimidade é um contexto desconhecido, portanto, uma caixinha de surpresas.

Um casal, desavisado, resolveu se preparar para o tão sonhado momento. Detalhe: cada um resolveu planejar da sua forma, não sabendo um do outro. Planejaram para o mesmo dia, mas em lugares diferentes, na ânsia de fazer uma surpresa. Pois bem, no esperado dia, o que aconteceu? A mocinha ligou pro mocinho, dizendo que demoraria um pouco mais a se arrumar e que quando ele chegasse ao seu prédio, subisse para esperá-la. Até aí, tudo bem para os planos do rapaz. Mas não sabia ele que ela montou um verdadeiro caminho incendiário dentro do apartamento, com milhões (por quê não zilhões) de velas. SÉRIO! Não façam isso em casa! Ele, reservou uma suíte ultra mega master power num hotel para levar a amadinha. Sintam a confusão.

Chegada a hora, o enamorado caliente subiu ao apartamento, conforme combinado. Ao chegar, ela abriu a porta, vestida (pasmem!) com uma camisola com estampa de pôneis. Prefiro não acrescentar nada a esse ponto. O rapaz ficou embasbacado ao ser puxado de supetão para dentro daquele lugar hiper aquecido pelo arsenal de velas. Como a mocinha era uma pessoa de poucas habilidades motoras, tão logo puxou o amado, derrubou 5 velinhas acesas, queimando loucamente. Início de incêndio, logo controlado.

Ainda assim, o rapaz resolveu tentar entrar no clima. Beijou sua amada, com ternura e foi alternando com mais voracidade. Pausa para respirar e enxugar todo o suor. O calor só piorava. Foi então que ele sugeriu apagar as velas, que tão logo foi atendido. Melhorando a situação, reiniciaram o processo romântico-pegatório. E lá se foram longos minutos de pegação. Em seguida, partiram em direção ao quarto da moça, onde ao entrar esbarraram na cômoda e caíram no chão, e ela bateu a cabeça no chão. Guerreiros como sempre, não se esmoreceram, persistiram na batalha, rumo ao final épico.

Até o final, foram trapalhadas e mais trapalhadas, mas enfim o objetivo foi cumprido. Adormeceram em seguida, como em uma cena de filme (imaginem a clássica cena de casal abraçado na cama com o lençol cobrindo a mocinha e não o mocinho, ou o mocinho até a cintura). No meio da madrugada, o rapaz acorda assustado com a sensação de ter ao seu lado uma britadeira enfurecida. A moça ronca, e loucamente. Tem paixão que aguente? O mocinho deu logo um jeito de fugir da situação. Acendeu a luz com todo o cuidado e em seguida pôs-se a levantar delicadamente e juntar seus trajes para partir. Em seu passo final rumo à liberdade, a moça deu um ronco final, de misericórdia. O que aconteceu? Ele, no susto, bateu a cabeça na estante acima de sua cabeça onde se abaixou para pegar os sapatos, e desmaiou.

Então, todos sonham com a primeira noite com quem ama, só não pensam que TUDO pode dar certo, só que não.

Desafio Blogueiro #024

Magda Albuquerque

do Amor

Para me amar muito mais

21:55

Algumas pessoas poderiam dizer que da forma como estou hoje, talvez eu nunca tivesse lhe amado. Sim, elas poderiam, mas jamais seria comprovada essa verdade. Como estou hoje é reflexo do tanto de amor que dediquei a você. Segui cada passo da relação à risca e me permiti amar você. Não foi fácil, mas eu consegui. Aliás, você conseguiu derrubar as barreiras construídas com as frustrações pelas quais passei, que me impediam de acreditar que seria possível amar novamente.

Como lhe sou grata, por me fazer reaprender a amar. Mas, sobretudo, lhe agradeço por me (re)ensinar a me amar. Com você pude enfim aprender a me amar. Aprendi muito mais sobre a vida porque você estava disposto a ser tão somente você. Sua forma direta de ser deixou vestígios do que faltava em mim, do que faltava para que eu pudesse enfim experimentar um pouco de plenitude.

Me sinto disposta, livre, independente, mas até chegar aqui passei maus bocados. Mas com você eu pude experimentar novos sentimentos, novas sensações... Descobri muito mais sobre como é a vida e como vivenciar um relacionamento segurando os altos e baixos.

Nosso término foi conturbado, mas hoje podemos dizer que é possível viver uma amizade, simples e sincera, após alguns anos de história. Alguns anos conturbadamente incríveis. Entre os nossos vai e vem, as mentiras e verdades, tudo foi tomando seu lugar e me fez chegar aqui, hoje, com tranquilidade na alma.

Que possamos enfim seguirmos muito leves, pois todos os pesos foram finalmente deixados para trás. Eu amo você, por me fazer descobrir o que hoje tenho certeza que sou: amada e amável. Obrigada por me valorizar e permitir que eu mesma descobrisse o meu valor. Que sigamos firmes, no propósito maior de sermos o amor que um dia descobrimos existir.

Descobri enfim, que o amor começa numa metáfora. O amor é como um rio a passar: ora navegável, ora merecedor de atenção e cuidados, ora seguido com cautela, ora turbulento, variável, inconstante... Deve ser experimentado e assim aprimoradas todas as técnicas de navegação para que assim possa seguir. Transparente ou turvo, assim também é o amor. É preciso coragem e disposição para que o amor possa enfim seguir o curso de sua trajetória.

Desafio Blogueiro #020

Magda Albuquerque

Contos

O fim

00:36

Clara foi embora. Certa de que nada mais poderia ser feito em prol daquela relação, foi embora para não mais voltar. Agradecia todos os dias pelo tempo em que viveu ao lado de Marcelo: dois longos anos. Foram anos bem vividos, do começo ao fim; até o instante em que ambos entenderam que seguir em frente seria direcionar o que existia entre eles ao fracasso.

Hoje se encontram cada um de um lado do mundo, separados por um continente. Clara sofreu com a partida, mas precisava partir. Marcelo não sentiu sua perda, não na época do acontecido; mas hoje sente o impacto do descaso ao qual se encaminhou sua trajetória. Clara era sua fonte vital, mas ele não sabia, até então.

Ela procurou saber como ele estava, por muito tempo, até que pode seguir sua vida, deixando o passado ficar em seu lugar. Ele se surpreendia quando alguém falava sobre como ela estava amando o novo lugar, as novas companhias; sentia até ciúmes. Agia contrariando seus próprios sentimentos quando dizia para todos: eu nem lembro mais dela, e estou aqui bem feliz, muito mais feliz sem ela. Mentia descaradamente, e o pior: ninguém acreditava nisso, muito menos ele.

Clara é uma mulher forte, bem sucedida, destinada a colher bons frutos em sua vida. Encontrou um alguém para também chamar de seu, naquele lugar distante onde faz sua morada. Aprendeu com o tempo, que há momento para tudo durante a jornada da vida, cabendo a cada pessoa esperar. Deixou de lembrar do antigo amor com saudades; agora se trata de uma lembrança guardada.

Marcelo, depois de muito tempo se deu conta do quanto sente falta de Clara e resolveu lhe enviar um e-mail, despejando desesperadamente os seus sentimentos e o desejo de tê-la novamente. Desde o rompimento, nunca trocaram sequer uma mensagem. Clara recebeu o e-mail incrédula da leitura que fazia; era impossível que ele fizesse isso naquele momento. Deu-se conta de que para ele, não restava muita coisa, para que conseguisse finalmente lhe escrever aquele e-mail.

De forma direta e perspicaz, após a leitura, Clara respondeu ao antigo amor:

- Querido Marcelo, vejo que o tempo foi cruel com você, da mesma forma com que você foi insensível para com ele. Entendo todo o seu apelo e acolho com carinho, mas preciso lhe dizer que não tenho culpa alguma quanto a tudo o que você perdeu com a minha partida. Compreendo toda a avalanche a qual você menciona, e lhe digo que sinto muito, mas depois de um tempo consegui deixá-lo partir de dentro de mim. Fomos um lindo casal, tivemos uma linda história, mas você me deixou partir, quando eu precisei partir. Coube a nós dois a ação do tempo. E eu, sendo a primeira coisa que você perdeu, digo: Não te resta quase nada.

Atenciosamente, Clara.

Não houve resposta. Não houveram reticências. Foi o fim.

Desafio Blogueiro #019

Magda Albuquerque