Retrospectiva 2011

09:34

Então, chegamos àquele velho momento, totalmente clichê, de rever tudo o que foi feito (ou não) no ano que está se encerrando. Apesar de tão repetitivo, eu considero válido refletir um pouco sobre todo um ano, afinal são 365 dias de intensas histórias.

Semana passada na terapia, minha psicóloga me fez algumas perguntas sobre as coisas que me aconteceram em 2011 e isso mexeu demais comigo. Foi um ano de desafios, superações, conquistas... Mas também foi de decepções, frustrações, medos... Ela me pediu que desse uma nota, para as coisas boas e ruins, e então percebi que apesar de olhar para as milhões de coisas boas que me aconteceram, tantas coisas ruins também aconteceram. Quando falo em coisas ruins, não falo de tragédias nem algo do tipo, falo de coisas que de alguma forma me impedem de viver, da forma como deveria.

Mas este ano foi um ano de descobrir aspectos de minha personalidade antes desconhecidos. Me dei conta de sentimentos que antes eram tolhidos pelo meu senso crítico mais do que ditador. Na medida em que desperto para quem sou, me descubro e então posso procurar viver como de fato deveria. É uma constate, nada fica estático quando se trata de descobrir quem verdadeiramente sou.

Também, neste ano, senti muitas saudades. Chorei muitas vezes, sentindo saudades de tantas pessoas. Daquelas que faleceram, e daquelas vivas que sumiram de minha vida. Nas duas circunstâncias, meu coração fica apertadinho demais. E sempre volto a recordar e me emocionar. Mas de alguma forma estou aprendendo a ressignificar algumas perdas. Talvez esse seja um desafio para 2012 (entre tantos que sei que terei).

Mas, de tantas alegrias foi preenchido o meu ano de 2011. Pude experimentar a intensidade do trabalho com saúde mental, o qual eu tanto ansiava desde o início da faculdade, e durante um ano inteiro pude viver tantas coisas, ouvir tantas histórias, receber tantos calorosos abraços, que eu não imaginava que fosse possível. Com essa experiência pude descobrir o meu projeto profissional, de fato.

Por falar em faculdade, termino esse ano, concluindo mais essa etapa da minha vida. Foram 5 anos de muitos estudos, esforços, investimentos... E mais do que isso, foram anos de Vida. A Psicologia, hoje posso dizer com certeza, me trouxe vida, me trouxe luz. Me levou para um caminho sem volta, o caminho da já mencionada, descoberta. Como sempre falo, esse curso é mais do que uma formação acadêmica, é uma forma de vida.

Em 2011 eu amei. E amei muito. Por isso, também me decepcionei muito. Mas, revendo pesos e medidas, valeu a pena demais, ter amado tanto. Pude provar pra mim que ainda é possível amar. E amar de uma forma nova, amar sem nenhuma medida. Amar até que nada mais me baste. Amar até que nada mais seja possível. Amar até o fim. Por isso posso considerar que foi um ano de amor vivo, um ano de profunda experiência com esse sentimento por vezes tão confuso. E isso foi possível graças a arte de viver O Sonho.

O Sonho me trouxe a vida, a divindade, a ação, que eu tanto procurava e não encontrava nos discursos vazios que ouvia por aí. Pude sentir nas minhas mãos o poder do amor que nasce de Deus e chega até nós, por pessoas dispostas a 'transformar cinza em aquarela'. E isso trouxe um sentido enorme para a minha vida.

Descobri nesse ano, uma nova família. Uma família de amigos. Uma família de companheiros de profissão. A nossa Família Tchuba, que me rendeu tantas risadas, tantos momentos bons, tanta partilha. A família que nasceu da Psicologia, do estágio em saúde mental... E que neste momento me preparo para encerrar a convivência cotidiana, mas que de forma alguma se perderá, porque está muito viva dentro de mim.

Para encerrar (mas claro que não totalmente) devo dizer que esse ano foi um ano de Sentimentos. Seria a palavra exata para definir o meu 2011. Pude experimentar MUITOS sentimentos, e vivê-los da forma como foi possível para cada momento. E estou disposta a estar atenta aos meus sentimentos e também aos das outras pessoas, por muito tempo da minha vida.


Em 2011 eu pude viver mais, aprender mais, experimentar mais, me desafiar mais, ultrapassar mais barreiras... Eu pude ser mais Eu. E eu quero que em 2012 eu me descubra ainda mais, e possa viver tudo o que tiver de ser vivido.


Magda Albuquerque

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