Diante do que tem acontecido em minha vida nos últimos tempos, me pego pensando sobre o que está acontecendo. Tenho agido de uma forma tão "estranha", segura, surpreendente. Assumi certas rédeas de minha vida que nem sabia que existiam, muito menos que eu podia domá-las. E o que será que está acontecendo comigo? Ah, eu simplesmente cresci. E esse crescimento é de dentro pra fora, assumindo conscientemente meus sentimentos, minhas vontades, meus sonhos, minhas necessidades, meus projetos. Com isso, me sinto muito mais segura de ir atrás daquilo que quero, fazer o que dá vontade e não sentir arrependimento algum. Isso é muito novo pra mim, e eu estou gostando tanto. Tenho vontade de repetir diariamente meus desejos, dos mais simples aos mais doidos, porque sei que no final das contas é isso que me traz leveza, me faz bem, me engrandece. Eu cresci, e aprendi a fazer escolhas, a pensar menos, agir mais e aproveitar tanto da vida que estava perdendo por medo. E medo de quê? Medo de ser! Ser aquilo que preciso ser, sentir o que preciso sentir, viver o que preciso (urgentemente) viver. Acabei, assim, descobrindo que ser coerente com o que se passa dentro de mim é muito mais fácil do que assumir uma carapuça que mostra ao mundo o que ele espera. A rebeldia é construtiva, reveladora e libertadora. Rebelei-me dos pensamentos que travavam e encarei o que me provoca frio na barriga, coração acelerado, sorriso incontrolável. Isso é que é viver, de fato e de direito. Tenho direito de ser coerente com o que sinto e experienciar assumir todo e qualquer risco, afinal arriscar virou meu verbo favorito. E ele tem me ensinado o que é sentir prazer em estar viva, inteira, e leve. Só cabe em mim o que me mobiliza e me tira do chão. E sair do chão é crescer, cotidianamente.