Acordei em Paris

17:50


Só posso estar ficando louca. Acordei com a sensação de quem fez uma grande viagem. Fechei os olhos e voltei. Dormi novamente; estava sonhando.

Estava em Paris. Sim, Paris, logo ali. Como assim, Paris? É, passeava pelas ruas parisienses ao primeiro sinal do amanhecer. A névoa encantava ainda mais aquela paisagem. Passeava de mãos dadas. Oh my God, além de estar em Paris eu ainda estava acompanhada?! (Tinha que ser sonho mesmo). Quem era ele? Se eu soubesse, acham que eu estaria aqui escrevendo no blog? Na na ni na não. 

Então, passeávamos, parando para tomar um delicioso café (quem me conhece, sabe que eu não gosto nem do cheiro, mas com um amor em Paris, quem é que não toma café? hahaha), depois para comprarmos alguns cd's e livros. Ao sair da livraria, já estava anoitecendo, e resolvemos ir jantar.

Antes disso, passamos no nosso apartamento (sério que tinha que ter tudo isso?) para tomarmos banho, trocarmos de roupa e seguirmos para o restaurante. Pois bem, após tudo isso, resolvemos dar um novo passeio, e então ele me para no meio da rua, naquelas cenas dignas de filme, e me pediu em casamento lendo um trecho de um dos livros que havíamos comprado. Entre lágrimas e sorrisos eu aceitei (ainda bem, né?).

No outro dia, eu acordava no meu apartamento e logo via um bilhete em cima do criado-mudo: "Não foi sonho, bobinha. Nós vamos casar".

Ok, aí depois de tudo isso a abestalhada acorda de verdade e descobre que não está em Paris, não tem um namorado, noivo, ficante, amante, quem dirá um marido; que está no calor da morte da cidade onde mora, e é mais um tedioso dia de suas férias. Os sonhos tem que maltratar tanto assim?! Agora eu quero, todos os dias, acordar em Paris.


Magda Albuquerque

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